Todos os anos, desde 1958, a Semana Internacional da Pessoa com Deficiência Auditiva é comemorada no mundo durante a última semana de setembro. O objetivo é promover a inclusão social de pessoas com problemas auditivos e surdez crônica, conscientizar os cidadãos sobre a realidade que vivem essas pessoas, sua forma de interagir com o meio ambiente e a importância da detecção precoce das alterações auditivas no recém-nascido. A mudança de paradigma no conceito de próteses auditivas, de próteses a elementos de comunicação, como mais um wearable¹, também contribui para a inclusão da comunidade de pessoas com deficiência auditiva em igualdade de condições na sociedade digital.

Como é feito um aparelho auditivo? A evolução dos aparelhos auditivos nos últimos dez anos foi muito grande, graças ao Grupo GN. Agora eles são elementos de comunicação, conectando pessoas com perda auditiva, promovendo o funcionamento natural da audição com a sociedade digital.

Além disso, a conexão com os smartphones e tablets, tanto Apple como Android (ver modelos compatíveis), é efetuada sem dispositivos intermediários, utilizando tecnologia wireless. Desde 2010, o Grupo GN tem estabelecido marcos nesse sentido, sempre buscando a inclusão das pessoas com deficiência auditiva. Em primeiro lugar, foi introduzido o conceito de conectividade em aparelhos auditivos, via rádio frequência de 2.4 GHz, que hoje é o padrão da indústria para conexão com dispositivos eletrônicos como televisão, microfones remotos ou outros.

Em 2014, pela primeira vez, aparelhos auditivos foram conectados a celulares Apple sem dispositivos intermediários. Em 2017, isso foi feito com ajuda remota, por meio da qual os usuários podem entrar em contato com o fonoaudiólogo para obter ajuda, e, em 2020, a conexão sem dispositivos intermediários com celulares Android, também por meio de um protocolo com baixo consumo de energia. Todos esses avanços têm conseguido que, ao corrigir a perda auditiva do paciente, as próteses auditivas sejam também mais ergonômicas, sem fio e capazes de equalizar o som do ambiente.

Em 2011, chegaram aplicativos específicos para aparelhos auditivos que permitem controlar o aparelho a partir do seu celular, de forma discreta.

Sobre uma herança em relação ao desenvolvimento de tecnologia - explica o diretor de produção do Grupo GN, Julio García - as pessoas não querem que saibam à primeira vista que usamos aparelho auditivo e existem questões anatômicas que variam ao redor do mundo, então poderíamos dizer que também, por seleção natural, estamos acostumados a fazer aparelhos auditivos menores.

Como é feito um AASI intra- canal, adaptado ao canal auditivo do paciente?

Como é feito um aparelho auditivo? Os profissionais de saúde auditiva enviam as pré-moldagens para a nossa matriz em São Paulo e com elas, os técnicos do Grupo GN iniciam o processo de montagem.  Os protéticos convertem a pré-moldagens em caixas que irão abrigar os componentes eletrônicos do aparelho auditivo e que serão acopladas ao canal auditivo do paciente. Eles devem levar em consideração o tamanho do aparelho que abrigará a caixa e, é claro, as dimensões do canal auditivo que os pré-moldes determinam. Uma vez que o projeto do invólucro é concluído, os técnicos inserem os componentes eletrônicos do aparelho auditivo nas caixas recém-criadas, seguindo rígidos controles de qualidade, em diferentes linhas de produção. O serviço de atendimento ao cliente recebe as encomendas dos diversos lugares do Brasil e atende a eventuais ocorrências. Na seção eletroacústica, antes de o aparelho partir para seu destino, é verificado por computador se ele responde ao ganho auditivo para o qual foi projetado. É o controle de qualidade final.